Raquel estava
muito feliz pois enfim tinha ganhado a confiança do delegado Moura, desde que
entrara para a Policia Federal já tinha um objetivo a alcançar... Sua área era
infiltrar. Parecia louco mas ela sempre sonhou com isso, tanto que antes de
fazer a prova fez um curso de atriz, queria se sair bem caso algum dia fosse
chamada para uma missão especial, conseguiu entrar e depois de dois anos
insistindo para o seu superior ele percebeu que ela estava preparada. Chamou-a
na sala
_Delegado? Me chamou?
_Sim, está quase tudo pronto para te
encaminharmos para a missão
_Obaaa e aí, como vou ser? Serei uma
prostituta ou uma malandra vendedora de drogas?
_KKKKK’ Você imagina demais, anda
assistindo muito filme americano. Não é nada disso aí, é o seguinte, estamos na
cola de um casal de estelionatários há seis meses
_Eu lembro desse caso
_Pois bem, agora precisamos de um casal
para infiltrar-se no grupo de amigos deles.
_Ah sei, eu serei uma esposa muit...
Espera, e quem é o outro infiltrado? Ah não Delegado, nada de chamar o Ramones,
ele é ‘mó’ prego.
_Não é daqui do prédio, ele vem do Rio
de Janeiro.
_Opaaa, que legal!
_Sim, colocamos ele porque além de estar
na cola deles também, ele já é experiente nesses casos.
_Então, quando ele vem
_Ele não vem – Ele entregou um bilhete a ela – Você quem vai até
ele, está aí o endereço.
Ela segura,
analisa o endereço e fica sem entender.
_Que horas?
_Coloquei pra quatro e meia da tarde, é
um horário onde tem bastante movimento.
_Beleza
Raquel passou o
dia tensa, gostaria de saber quem era o cara que ela compartilharia esse prazer
de ser a primeira missão, a hora chegou, ela foi para o local. Era um
parquinho, muito barulho de crianças, algumas com as babás, outras acompanhadas
com as mães mesmo, ficou entretida olhando para as crianças, nunca pensou em
ser mãe, mas como toda mulher, bastou ver uma pra ficar babando. Um cara muito
alto, moreno, forte, parecia ser atleta, senta ao lado dela.
“Que cara mais folgado” Pensou ela.
_Você gosta tanto assim de criança? – Perguntou o cara
_Ah nem tanto, mas como toda mulher,
confesso que fico babando quando vejo uma.
Estava já
expulsando aquele cara dali, estava muito ansiosa.
_Plano Alfa em mãos. – Falou o rapaz olhando pro horizonte
Esse era o
código que estava escrito no bilhete e... Aquele homem era o policial que se
infiltraria junto com ela! Ela não perdeu tempo, olhou diretamente pra ele e
pode perceber que aqueles olhos mexiam em algo com ela.
_Ainda prefiro o Beta. – Respondeu ela da mesma maneira como estava escrito no bilhete.
Ele baixou a
cabeça e soltou um risinho.
_Qual a graça?
_Sua primeira missão né?
_Sim, por quê?
_Nada, logo percebi. Bom, é o seguinte,
amanhã pela manhã me encontre nesse endereço, lá vamos organizar tudo,
passaportes com nossos nomes falsos, identidades, enfim.
_Mas pra que Passaporte?
_Porque vamos viajar
_Como assim! Ninguém me falou nada.
_Amanhã saberá de tudo, tenha uma boa
tarde. A propósito, me chamo Jonas.
Ele saiu e a
deixou ali com inúmeros pensamentos e perguntas não respondidas.
“Mas que cara mais prepotente! Juro que
odiei esse jeitinho dele.”
Na manhã
seguinte ela foi para o endereço que ele lhe dera, estava toda a equipe lá, até
o Delegado Moura.
_Bom dia.
Jonas: _Mal começou e já está atrasada? – Falou enquanto olhava para o celular,
estava mandando uma mensagem
“Ai não, esse cara de novo?”
Moura: _Raquel,
sente-se, temos que fazer tudo nas pressas.
O delegado
mostrou fotos, o porquê estava na cola deles, como chegariam até lá.
Raquel: _Delegado,
o senhor ainda não me falou qual será minha identidade.
Moura: _Bom,
você se chama Marina, filha de donos de imóveis, casou com Rafael – Apontou para o Jonas – Estão
em lua de mel.
Raquel: _Lua
de mel? Em Vancouver? Onde um casal vai para uma lua de mel nesse local? Nada a
ver.
Jonas: _Lá
é frio, nada melhor como duas pessoas em baixo de um edredom bem quentinho.
– Falou cheio de malícia.
Raquel: _Já
chega! Entendi tudo, quando partimos?
Moura: _Amanhã
Raquel: _O
que?! O senhor está brincando né?
Moura: _Não,
olha Raquel, precisamos de você agora, só peço que nos ajude! Colabore
Raquel: _Pode
deixar, posso ir?
Moura: _Sim
Antes dela sair
Jonas ainda soltou uma frase:
_Vai lá amor, faça suas malas para nossa
lua de mel.
Todos riram
menos ela, que saiu pipocada de raiva.
Estava tudo
pronto e certo, na manhã seguinte, estavam no aeroporto, prontos para
embarcarem para Canadá. A viagem foi tranqüila demais, chegaram e assim que
Raquel chegou ao quarto do hotel, deitou logo na cama.
_Nem pensar Hulk, a cama é minha, fique
com o sofá.
_Pra você que não sabe, ainda existe
homens cavalheiros. Fique com a cama.
À noite, foram
para um bar perto do hotel, era lá que o casal estavam se divertindo, eles
tinham que se aproximar. Raquel usou um vestido colado e muito sexy, percebeu o
olhar de desejo de Jonas, mas fingiu não ver, não tinha ido com a cara dele.
_Venha, vamos nos aproximar deles.
Ele a puxou e
logo sentaram na cadeira perto deles. Jonas falou algo em português para que
eles percebessem.
Fabricia: _São
Brasileiros?
Raquel: _Sim
Jonas: _Estamos
em lua de mel, né amor?
Raquel olhou
para ele e afirmou com a cabeça.
Henrique: _Ah veja só, são jovens e já estão em lua de
mel?
Jonas:_Sim, nos casamos recentemente, como não
tenho muito tempo, sou um homem muito ocupado, só depois de seis meses que
conseguimos essa folga.
Henrique: _Sei,
trabalha de que?
Jonas: _Advogado
Fabrícia: _E
você?
Raquel: _Sou
dona de casa mesmo.
Fabricia: _também
sou.
Ficaram
conversando até Fabricia e Henrique sentirem confiança neles, ao fim da noite
já estavam oferecendo companhia para eles conhecerem os pontos turísticos. Despediram-se
e Jonas e Raquel voltaram para o hotel. Raquel tomou um banho e deitada no
cobertor ficou lendo algumas informações do caso no notebook, Jonas também
estava lendo algo, mas era com o notebook na mesa.
_Raquel, não seja malvada, divida o
lençol comigo.
_Nem pensar, fica aí no frio.
Ele não
questionou, levantou-se, puxou a coberta e sentou ao lado dela.
_Me fala sobre você, como veio parar
nesse mundo de infiltrados?
Ela sentiu uma
forte excitação olhando assim pra ele. Procurou se controlar.
_Ah, sempre tive vontade de fazer parte
disso.
_Você tem uma cara de adolescente,
consegue enganar qualquer um com esse rosto angelical.
_É mas não é assim que o Moura me vê, há
dois anos que imploro para que ele me colocasse nas missões de infiltração e
ele sempre negava.
_Ele é assim mesmo, me fale, tem
namorado?
_Pra que você quer saber?
_Calma Marrentinha, só fiz uma pergunta!
_Não
_Rsrsrs’ Logo vi
_Viu o que?
_Com esse seu jeito de durona nenhum
rapaz chega perto de você.
_Vai se ferrar! Só não gosto de pegar
qualquer homem, não é qualquer um que mexe comigo.
_Hum... Sei.
Ficaram minutos
sem se falar, cada um lendo o dossiê, quando Jonas ia fechando o notebook
Raquel viu a foto de uma criança no plano de fundo.
_Quem é essa coisa fofa? Sua filha?
_Não, minha sobrinha, se bem que a
considero como uma filha, cuido dela como um pai.
_Quando tudo terminar quero saber dessa
historia.
_Porque não quer saber agora?
_Ah porque estou morrendo de sono... Boa
noite.
Ela desligou o
abajur do seu lado e se lhe deu as costas, não recusou nem expulsou Jonas dali,
com o frio que estava fazendo, calor humano sempre era bom. Ele, desligou a
luz, depois se deitou ao lado dela, Raquel podia sentir sua respiração em sua
nuca, mas procurou se concentrar no sono e logo adormeceu.
Os dias
passaram muito rápido ali em Vancouver. Jonas e Raquel focavam bem no papel e
diante de Fabrícia e Henrique demonstravam ser um casal apaixonado. Os quatro
pegaram o vôo de volta pro Brasil juntos e Henrique avisou que tinha uma casa
vizinha a deles que estava à venda, Jonas comprou e em uma semana estavam lá.
Ao entrar naquela casa Raquel sentiu algo estranho, uma energia boa, Jonas
aparece atrás carregando uma caixa.
_Moura ligou pra mim e disse que mais
tarde fossemos ao galpão para reunião, ele tem mais novidades sobre o casal...
Está pensando no que pra estar com essa cara?
_Assim que entrei senti uma energia
positiva, algo bom
_Mulheres... São todas assim mesmo.
Ele entrou na
cozinha e colocou a caixa. Ficaram o dia todo arrumando a casa, Fabrícia e
Henrique lhe ofereceram um almoço e no final da tarde foram ao encontro com o
delegado moura.
Policial: _Olha só... O casalzinho 20
Todos riram.
Raquel: _Não
achei graça
Moura: _Sem
piadinhas, bom é o seguinte, a Interpol entrou em contato conosco e nos
informaram que eles estão já começando o golpe deles nos Estados Unidos. Temos
que agir rápido.
Jonas: _Tá,
já estamos muito íntimos deles mas eles não abrem espaço tanto assim.
Moura: _Soube
que os documentos ficam no escritório da casa deles, em uma das gavetas.
Raquel: _Eles
nos chamaram para um churrasco na casa deles amanhã.
Moura: _Então
a hora é agora. Fiquem tranqüilos, temos escutas na casa de vocês, temos
infiltrados na rua, nada vai acontecer.
Jonas: _Sem
contar na Van que fica lá perto. Deixa com a gente Moura. Vamos Raquel.
Moura: _Jonas,
cuida bem da Raquel.
Raquel: _Ei,
sou grandinha o suficiente pra tomarem conta de mim, tá? Vamos.
Saíram de lá e
foram para casa, jantando calados Jonas soltou um riso
_O que foi Jonas?
_Já pensou que pode ser a nossa ultima
noite aqui?
_E o que tem?
_Ah, sei lá, poderíamos aproveitar.
_Sério? Aproveitar como?
_Como dois adultos. – Ele lança um olhar malicioso pra ela.
_Ah tá com escutas pela casa inteira
você não acha isso pornográfico não?
_E você acha que não tenho meu jeito?
Ele foi até um
computador que tinha no porão da casa e mexeu em algumas coisas, desativou as
escutas.
_Pronto e aí, vamos tomar vinho?
_Você não faz meu tipo – Se levantou e ele segurou o braço dela.
_Olha, para de charminho tá? Pensa que
eu não percebi o olhar que você fez pra mim essas semanas.
_Só pode estar louco né?
_E quando eu saí do banheiro depois do
banho? Eu percebi seu olhar de desejo.
Ela não podia
negar, estava ficando maluquinha por ele, mas ainda achava que era a
convivência. Estava olhando para a mão dele em seu braço e foi subindo até
parar nos olhos dele, sentiu uma forte excitação, suas bocas foram se
aproximando e logo um beijo aconteceu, um beijo forte e intenso, ele empurrou
as coisas que estavam na mesa e a colocou sentada nela, Raquel entrelaçou as
pernas envoltas do quadril dele, queria arrancar a camisa dele.
_Não vamos fazer aqui, quero no quarto – Falou ele enquanto a carregava no colo para o andar superior.
Chegaram ao
quarto e ao cair na cama Raquel foi logo tirando as suas peças de roupa, Jonas
também fez o mesmo, queriam fazer isso pra ontem, ficaram só de peças intimas.
Ele ficou por cima dela e começou fazendo uma trilha de beijos que a deixava
louca e já com as mãos apertando a nuca dele. Tirou o sutiã dela, enquanto a
boca sugava um seio a mão repousava no outro e apertava de uma maneira boa.
Percebendo que ela não agüentava mais de tanto tesão, ele tirou-lhe a calcinha
e a amou bem devagar, com carinho, em meio a esse momento de amor, olhou a
aliança que usavam e achou que era real, que estavam ali naquela casa como um
casal apaixonado, ela chegou ao ápice e ele veio em seguida, deitou ao lado
dela e a puxou para que encostasse a cabeça em seu peito
_Posso te fazer uma pergunta? – Ela falou depois de alguns minutos de silêncio
_Varias se você quiser
_Faz isso com todas que trabalha com
você?
_Isso o que?
_Seduzi-las e levá-las pra cama?
_Não me chama de mentiroso, mas isso
nunca aconteceu. E olha que já trabalhei com muitas mulheres sensuais.
_E porque comigo?
_Porque não sei explicar, quando te vi
sentada embaixo do edredom olhando o notebook em Vancouver achei tão sexy essa
cena
_KKK é serio?
_Sim, deixei você a vontade nesses dias,
por isso preferi dormir no sofá.
_Bem que estranhei quando você não quis
se aproximar de mim esses dias, nos beijos na frente da Fabricia e do Henrique
você ficava tenso.
_Preferi me afastar achando que seria só
uma atração.
Passaram a noite
curtindo e não conseguiram dormir, só quando os primeiros rios de sol estavam
aparecendo. Acordaram com a campainha tocando.
_Quem será? – Ela perguntou aflita
_Fica aí que vou olhar quem é.
Ele foi até o
quarto dele, colocou uma bermuda e foi abrir, era o delegado Moura.
_O que aconteceu?! Desligaram as
escutas?! – Ele entrou aperreado e foi direto pro
porão.
_Não sei... Nem entrei aí ontem.
Foram até o
porão e o policial que veio com Moura mexeu e ativou as escutas.
_Onde está a Raquel?
_Sei lá, deve estar dormindo. Por quê?
_Esqueceram que hoje é o dia do
churrasco.
_Caramba! Vou chamá-la
_Vou indo, não quero dar bobeira,
qualquer coisa estamos na Van preta.
Saíram e ele
foi até ela já com uma bandeja de café da manhã
_Obaaa café da manhã na mesa é tão
romântico! – Ela se espreguiça e senta.
_Bom dia mas hoje o nosso dia não tem
nada de romântico, temos que agilizar.
Tomaram café e
também tomaram banho juntos, antes de saírem ele colocou a escuta no ouvido de
Raquel e lhe deu uma arma.
_Pra que isso!
_Coloca na sua bolsa, é só por precaução.
_Tenho medo
_Nunca usou uma arma?!
_Já, mas não assim. Só foi em
treinamento, nunca quis fazer missões externas.
Foram direto
para a casa e lá ficaram na varanda em meio a tantos convidados, estavam todos
sorridentes e Raquel achou a hora própria para colocar o plano em pratica. Pediu
licença as mulheres que estavam conversando na mesa e entrou na casa, foi
direto para o escritório, abriu as gavetas e não achou documento nenhum.
_Era isso o que você estava procurando
Marina? – Fabricia apareceu com os documentos na
mão.
_Nã-não... Rsrsrs’ eu estava procurando
pelo banheiro, me perdi, acredita? – Estava tremendo da cabeça aos pés.
_E achou nas gavetas o caminho do
banheiro... Marina, ou será que já posso te chamar de Raquel?
Raquel não
pensou duas vezes, correu para pegar a arma em sua bolsa, mas Fabricia foi mais
rápida e segurou-a pelos cabelos.
_É vadia, acho que você está encrencada.
*************************************************
Jonas estava
empolgado conversando com Henrique e os amigos, percebeu quando Raquel se
retirou da mesa onde estava, porém demorou demais pra voltar, ele já estava
ficando preocupado.
Henrique: _Rafael, venha aqui, precisamos conversar.
Enquanto eles
iam entrando, Moura falou na escuta
“Abortar missão, o alvo foi descoberto!”
Tarde demais,
chegaram ao escritório e ao ver Raquel na mira de uma arma ele ficou
desesperado!
_Deixa a moça em paz.
Fabricia: _Olha isso môzão, o cavalheirismo ainda
existe, quer morrer primeiro que ela?
Jonas se virou
para surrar Henrique mas antes que fizesse isso Fabricia gritou
_SE FIZER ALGO COM ELE JURO QUE ATIRO
NELA SEM DÓ NEM PIEDADE!!!
Henrique
apalpou ele e tirou a arma, ficaram indefesos.
Fabricia: _Acho
que hoje não é o dia de sorte pra vocês
Jonas: _Deixa
ela ir, ela não sabe de nada.
Henrique: _Tem
certeza? Mô, mostra pra eles o que sabemos
Fabricia: _Claro,
bem vamos começar com ela, Raquel Souza Pires, entrou na federal há dois anos e
essa é a sua primeira missão. E você, o que dizer hein Jonas? Trabalha na
federal há dez anos, mora no rio, tem uma sobrinha que o considera como pai...
É a ficha é enorme
Jonas: _Cala a boca sua vadia!
Henrique: _Melhor
sairmos logo daqui, vamos usar a vadia como escudo!
Trancaram Jonas
no escritório e saíram, mas na porta a policia estava cercando-os, houve troca
de tiros e Raquel levou um tiro de raspão, foi levada às pressas para o
hospital, Jonas foi solto e quando procurou por Raquel ninguém falava nada, só
depois descobriu o que acontecera com ela mas não podia ir para o hospital, com
a ausência da parceira era ele quem devia dar esclarecimento.
Os dias
passaram e Jonas sentiu uma vontade enorme de ver Raquel, descobriu que ela já
tinha voltado ao trabalho, mas estava na área de TI. Ela quando o avistou
sentiu uma emoção forte, achou que nunca mais iria vê-lo. Abraçaram-se forte.
_O que faz aqui no meio desses nerds?
_KKKK’ pedi pra ficar aqui
_Temporário?
_Não, simplesmente percebi que infiltrar
não é meu forte.
_Ah por causa de uma missão?
_Sim, não nasci pra viver de adrenalina,
me deixa aqui mesmo.
Ficaram em
silêncio por alguns segundos, ambos de cabeça baixa
_Hoje é meu ultimo dia aqui na cidade.
_Poxa, já vai voltar pro Rio?
_Sim, aí pensei que poderíamos jantar
hoje, que tal?
_Hum... Seria uma boa
_Te pego às oito.
_Fechado.
Ela se arrumou
como nunca para o jantar e quando chegou no restaurante tudo ocorreu bem, no
caminho de casa conversaram tranquilamente.
_Espera, você cuida da sua irmã e sua
sobrinha depois que seu melhor amigo morreu?
_Sim, além de ser meu cunhado, ele me
pediu isso antes de morrer nos meus braços.
_Nossa, juro que me emocionei, e o nome
da sua sobrinha?
_Advinha? Marina.
_Mas espera...
_Marina era o seu nome de infiltrada,
fui eu quem pedi pro Moura colocar, gostei de você já no parquinho, por isso
seria normal chamá-la de Marina com carinho.
_Nossa, acho que vou chorar
_Não chore, me ame, só isso o que te
peço.
_Só amar? Assim é moleza.
_Tem certeza? Que tal me beijar agora e
não me largar nunca mais?
_Seu pedido é uma ordem.
Beijaram-se e na mesma noite amaram com muito
fervor e tesão, uma semana após a ida de Jonas para o Rio, Raquel pediu
transferência para ir trabalhar ao lado dele, ali seria feliz!
Fim.